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sábado, 16 de abril de 2011

GLOBALIZAÇÃO É A MELHOR ALTERNATIVA AO MUNDO?

Este trabalho visa fazer uma análise sobre a introdução e o primeiro capítulo do livro Globalização: o fim de um ciclo do autor Kostas Vergopoulos que defende que a globalização tem invadido a economia, política e até a cultura entre outros aspectos sociais e tem transformado suas naturezas entrelaçando todas as bases de povos que com culturas diferentes e até divergentes trás além de um desenvolvimento, um grande envolvimento que é danoso em alguns aspectos singulares.
O discurso dos propagadores da globalização vem revelando a invasão econômica, cultural, política e social de nossa época promovida pelas suas idéias. A idéia de um mundo globalizado tem embutida em seu núcleo uma visão de unificação onde “direita e esquerda podem se satisfizer” através de um pensamento único que mostra uma única forma de pensar.
As bases da globalização trazem uma séria de promessas de um futuro brilhante com progresso e desenvolvimento para todos, porém, o custo desse progresso é a separação e aniquilação de identidades diferentes e padrões sociais ditos inferiores.

"Mas, sob a promessa de um futuro brilhante para todos, no qual o único problema é a ausência de problemas, nossas sociedades neste momento estão sendo risonhamente decompostas, desagregadas, puxadas para trás: como se fossem incômodos, setores sociais inteiros são marginalizados."

A globalização como movimento natural da sociedade e como fator do progresso social natural deve ser estudado e vista como acontecimento histórico, entretanto, a mesma, como forma ideológica pela qual os poderes nos últimos tempos vêm tentando legitimar suas práticas neo-colonizadoras com a desculpa de que trazem em suas práticas o desenvolvimento, deve ser rechaçada. Não há muito o que debater sobre o movimento natural o qual a sociedade vem desenvolvendo, mas o verdadeiro debate econômico, político e social é com respeito aos métodos com os quais poderes tentam se estabelecer sutilmente como soberanos entre outros.

"É difícil admitir uma pretensa necessidade histórica e quase natural em virtude da qual os poderosos reforçam seu poder enquanto os pobres se enfraquecem cada vez mais. A globalização, mais que um fenômeno objetivo espontâneo, funciona principalmente como forma ideológica pela qual os poderes, durante as duas ultimas décadas, procuram legitimar suas opções.
(...)
No momento, a globalização só serve para justificar práticas contrárias: liberalizações, desregulamentações, desinstitucionalizações infindáveis, deixando as economias e as sociedades á mercê da irresponsabilidade, do desequilíbrio e da injustiça dos mercados. Como tal, a globalização se expõe a critica e merece ser contestada."

Os argumentos de que a globalização desregulamentou e desinstitucionalizou é pautada no fato de que os movimentos de globalização não implantaram instituições internacionais para gerir o fenômeno proposto e ainda desqualificou as existentes em prol dos interesses liberais.
Os interesses liberais, quando atendidos como realmente é no caso desse processo de globalização como ideologia, que estamos tratando, para atender os interesses dos poderosos, mostram-se completamente vulneráveis em casos de crises sistêmicas como de fato acontece na Europa nos dias de hoje. Com a unificação das economias em torno de uma só moeda no bloco chamado União Européia, países que posteriormente apresentam problemas financeiros, não conseguem a desvalorização de suas moedas por estarem atrelados a uma moeda única, passam por graves problemas os quais são exportados para outros entes desse bloco, o que por conseqüência afeta de maneira sistêmica e cíclica as economias ligadas entre si. Esse fenômeno de ligação se deu através dos movimentos de globalização como ideologia além, e muito mais forte, do que um movimento natural político, econômico e social. Por conta do entrelaçamento dos sistemas globais financeiros, o compartilhamento dos reflexos de crises financeiras não fica restrito aos seus blocos político-financeiros, logo se alastram por muitas outras estruturas.

"Os especialistas começam a reconhecer algo que, para os não-especialistas, era evidente desde o início: não se vai muito longe quando se atacam as estruturas econômicas e sociais. Pois o risco não é o de chocar o conservadorismo e sensibilidade das sociedades, mas sim os seus mais elementares mecanismos de autodefesa.
(...)
Ou seja, desde já, a globalização, que realizou suas reformas institucionais, aparece como vítima privilegiada de suas próprias reformas."

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